Sucessão vai além do patrimônio e transmite valores familiares às gerações seguintes
- sitetecnoshowcomig
- há 21 horas
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O agronegócio evolui com o passar dos anos e, com ele, o modelo de negócios também. Nesse sentido, é natural ocorrer um conflito entre as gerações quando chega a hora de falar sobre a sucessão da empresa ou da fazenda. Para conduzir esse processo com solidez, a Tecnoshow COMIGO 2025 trouxe, sob o tema “Gerações do Agro”, o painel “Caminhos da sucessão: como preparar a próxima geração para a continuidade?”.
Realizado na sexta-feira (11), no último dia da feira em Rio Verde (GO), o painel trouxe como fio condutor dois pontos vitais: a consciência com relação a todos os processos e questões que podem ameaçar ou travar o processo de sucessão; e, também, sobre a transmissão do amor e respeito ao negócio para as gerações futuras.
“Nossos filhos nos assistem e nos copiam o tempo todo. Quando crescemos em um ambiente de dificuldade, de briga e de dor, esse é o padrão que podemos estar ditando para a próxima geração. Assim, eles aprendem que esse é o normal quando se vive e trabalha em família. Esse tipo de situação altera as questões emocionais tanto de quem está no controle quanto de quem vai assumir a condução, perdendo o desejo de continuar esse legado”, contou a consultora e palestrante em Sucessão e Governança Familiar, Mariely Biff.
O alinhamento de expectativas entre gerações diferentes é o desafio para todas as famílias, como explicou a consultora Patrimonial da Safras & Cifras, Alessandra Braga. “Quando existem expectativas e elas não são comunicadas, tanto por quem está no comando quanto por quem vai assumir, o processo pode se tornar moroso”, pontuou.
A profissional ainda elencou alguns pontos de atenção sobre sucessão patrimonial e seus aspectos legais para proteger o processo de sucessão: inventário, centralização do negócio e patrimônio dentro de um único CPF, regimes de casamento, falecimento precoce de membros, falta de regramentos específicos, desconhecimento dos impactos legais, fiscalizações e fragilidade de estruturas/holding e alterações legislativas.
“São variáveis que não dependem do produtor rural, mas, o que depende dele é estar preparado para cada uma delas e seus impactos. Questionem os contadores, advogados e responsáveis pela organização patrimonial, pensando nesses principais aspectos”, recomentou Alessandra.
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